segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Manutenção Corretiva


Manutenção corretiva é mais do que apenas consertar o que está danificado

Vimos nos posts anteriores (Manutenção Preventiva parte I e II) que há todo um esforço voltado para impedir a indisponibilidade do equipamento por problema de manutenção. 

Mesmo com todo o investimento na previsão de falhas há uma certeza: elas ocorrerão! Em algum momento algum dos diversos itens que compõe o equipamento irá apresentar falha e precisará ser substituído ou reparado. 

Se o momento exato da necessidade da manutenção corretiva não pode ser definido, então não há muito o que fazer, certo? Errado! Se a manutenção preventiva em grande parte leva à indisponibilidade do equipamento, sua gestão deve ser muito bem feita. 

A execução da manutenção preventiva exige planejamento, principalmente quanto à:
- Disponibilidade das ferramentas necessárias;
- Disponibilidade e bom estado dos equipamentos usados para executá-la;
- Existência e capacitação de pessoal próprio ou terceirizado para realizar a manutenção corretiva;
- Documentação com procedimento de reparo baseado no manual do equipamento e intervenções anteriores de mesma natureza.
- Sinalização da área e medidas de prevenção de riscos à segurança dos técnicos e pessoal operacional. 

Um dos objetivos do gestor de manutenção é reduzir a indisponibilidade do equipamento, que é o tempo desde a parda do equipamento para manutenção até a liberação para a operação. O tempo total de indisponibilidade é composto pelos tempos de cada uma das atividades necessárias para execução da manutenção corretiva sendo os principais:
- Identificação do problema;
- Comunicação do problema à área de manutenção;
- Deslocamento do equipe de manutenção;
- Identificação da causa;
- Definição para forma de solução;
- Obtenção do material necessário;
- Preparação dos equipamentos;
- Desmontagem;
- Substituição/reparação do item;
- Montagem;
- Testes de funcionamento.

Em muitos casos o tempo de substituição/reparação do item é muito menor que a soma dos demais. Isso reforça o entendimento que há muito o que se fazer para melhorar as práticas de manutenção corretiva. 

Se pensarmos por exemplo, no ferramental. O inventário e controle do ferramental necessário para desmontagem e montagem de todos os itens do equipamento é uma atividade trabalhosa, mas com forte impacto na manutenção corretiva. Imaginem ficar aguardando a localização de uma chave para poder desmontar o item que precisa ser substituído. Isso é desperdício de tempo! E é algo MUITO comum. 

Ou então, o equipamento ficar parado por que a operação não localizou os técnicos de manutenção, ou não dispõe de uma forma de comunicação. Também é comum a sala onde fica o pessoal da manutenção ficar em um “canto” do prédio, aumentando o tempo de deslocamento. 

Já a identificação da causa do problema, não é sempre evidente. Se por exemplo o disjuntor do equipamento desarmou, o que implica em consumo de corrente para as partes alimentadas por este disjuntor acima do limite definido, qual foi a causa. Simplesmente rearmar o disjuntor pode agravar o problema. A identificação da causa exige i) capacitação da equipe e ii) documentação técnica baseada na experiência acumulada (troubleshooting)

De forma resumida a manutenção corretiva deve focar nas três dimensões do desempenho:

Prazo: realizar de forma rápida, sem desperdício de tempo: pense nas equipes de Fórmula 1!

Custo: buscar reduzir despesas além do custo-hora, atrelado ao tempo de execução, minimizando o custo com materiais, buscando manter um cadastro de fornecedores para cotação de preços, e também reduzindo o desperdício por retrabalho. 

Qualidade: executar adequadamente a manutenção corretiva para que o mesmo defeito não volte a ocorrer, e para que a correção de um item não interfira em outro item. 

Bom, por hora é isso aí. Até o próximo post!

Paulo Manoel Dias

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